terça-feira, 18 de agosto de 2009

TODOS AO CHÃO


Ao sexto dia veio um soldado a meu Boxda cavalariça, onde permanecia de olhos vendados, e sem aviso prévio me tomou do braço esquerdo e me foi conduzindo ao exterior.
- Onde a gente vai?
Perguntei quase por dizer alguma coisa já que estava seguro nada seria respondido. Senti o ar e o calor luminoso do sol no meu rosto. Os procurei movimentando a cabeça.
Caminhamos subindo por um sendero de blocos de granito, os sentia perfeitamente nos meus pez descalços. na mão direita meus sapatos que havia solicitado para tira-los pois me dificultavam andar sem cadarço, porem minha verdadeira intenção era que com o frio do chão pudesse desinchá-los.
Senti que entravamos num setor de cimento o que imaginei a praça de armas do quartel que atravessamos para entrar num corredor mais frio e o piso de cerâmica, dobramos a esquerda entrando num portal de portas pesadas pelo esforço do soldado para empurrar o que o fez me apertar com mais firmeza o braço.
Agora tentei ver alguma coisa. O piso de cerâmica marrom claro estava cheio de homens deitados de costas ao chão. Consegui ver, num canto, uma montoeira de cadeiras e uma mesa de bilhar.
- Deite ai ... vamos ... dessa rápido! Se que alguma coisa suspenda a mão que alguém vem para atende-lo.
- Posso agoura colocar os sapatos?
- Pode e não tente nenhuma outra coisa porque a ordem é atirar.
La fiquei pensando no frio que meus pulmões teriam que suportar essa noite.
Lille/2006

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