terça-feira, 18 de agosto de 2009

QUARTEL DE SALTO



Entramos no Quartel militar da capital do Departamento de Salto, contrariamente ao que devia ser, estar tristes, estávamos alegres pelo desenlace da viagem, pois, pensamos, seria de violência no médio do campo. Mesmo assim todo recém começava.
Fomos recebidos, registrados e internados num enorme galpão dormitório das tropas. A guarda não era ostensiva, provocante e se mantinha só no exterior do recinto.
Chegar e iniciar a primeira reunião essencial para atirar conclusões e analisar a situação futura foi todo um. Ninguém queria dormir nem descansar. Éramos trinta homens onde se destacava o nível intelectual e da maioria representatividade na sociedade da cidade de Artigas e no âmbito dos trabalhadores. A maioria lideres.
O primeiro que percebemos que muitos Oficiais militares eram oriundos da nossa cidade, incluindo o comandante da guarnição.
Estávamos ante uma experiência única de atropelo, de abuso de poder de vingança pessoal do Chefe da policia A. E. Riani e o Presidente do Ente energético do Pais, Dr. Pereyra Reverbel. Era evidente que as ordenes ou a autorização para estas ações vinham de esferas superiores, da Presidência da Republica, de Jorge Pacheco Areco, amigos íntimos os três. Radicais de direita, corruptos, contrabandistas com traumatizantes problemas pessoais e forte ódio pessoal contra todos os detidos. Supusemos que os militares envolvidos, sabedores de a quem tinham no quartel não estavam muito cômodos com a situação e, o pior era encontrar-se dirigidos por civis que eles mesmos desconsideravam socialmente, e a pior situação surgia de que a noticia estaria em conhecimento dos meios de comunicação de todo o pais em poucas horas. Eram muitas as pessoas que foram atropeladas, autoridades religiosas, da educação, do judiciário, familiares que com certeza não deixariam passar; o resultado era imprevisível. Lille/2007

Um comentário:

Anônimo disse...

As opiniões são muitas, cada um tem as suas ideias, mais posso dizer que são ruins, pois se caracterizam por falta de Liberdade, Expressão, Sentimentos e Garantias Individuais. Railidia Menezes