segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O ASSASSINATO DE UM TRABALHADOR





Montevidéu. Um céu cinza, encobrindo os tetos da cidade. Eu levando minha filha Daniella de cinco anos rumo ao uma consulta medica.
Transito repentinamente parado..., parado..., continua parado e a palavra percorrendo de boca em boca: ...”manifestação..., greve..., manifestação.
Descemos na Avenida Rondeau e Colonia. Eu com uma enorme preocupação, pela experiência adquirida nos últimos tempos, nestas questões, e ter que estar circunstancialmente no meio da situação, justamente com minha pequena filha.
Subimos ate a praça. A situação estava muito mais seria rumo a Praça Independência e por este motivo voltamos para 18 de julho e Cuareim. Na porta do Ministério de Relações Exteriores, com o cheiro a gases e o vazio da avenida, previ o aumento e a vinda a nosso encontro das ações violentas e rapidamente nos acobertamos no imponente e antigo portal.
Uns grupos de pessoas, manifestantes, vieram desde a praça. Dois homens correndo se desprenderam do grupo, que fugia das Forças de Repressão.
De um prédio vizinho ao Ministério surgiu um homem de terno branco, correndo, passou na nossa frente e foi ao encontro dos manifestantes. Na vera da calçada o individuo de branco paro, tirou das roupas uma arma e atiro contra quem vinha na frente. Por instantes a bala deteve o corpo do atingido que depois caiu. O de branco, tentando fugir, voltou correndo para o lugar de onde veio e encontrou a porta fechada. Ficou desorientado.
Uma grande moto policial surgiu desde a Rua Yi, veio a seu encontro, o homem subiu nela e desapareceu rumo a chefatura da policia.
Nos Diários e Jornais da noite a informação: “...CORONEL DO EXERCITO, SEM JUSTIFICATIVA, MATA TRABALHADOR MUNICIPAL...”
Lille/2009

Um comentário:

G. Faval disse...

Comienzo a leer la história de mi padre, pero también la de mis hermanos, mi madre, los amigos de la família...mi própia história se construye: de dónde vine, como creci, como me construyó el tiempo.