Montevidéu. Um céu cinza, encobrindo os tetos da cidade. Eu levando minha filha Daniella de cinco anos rumo ao uma consulta medica.
Transito repentinamente parado..., parado..., continua parado e a palavra percorrendo de boca em boca: ...”manifestação..., greve..., manifestação.
Descemos na Avenida Rondeau e Colonia. Eu com uma enorme preocupação, pela experiência adquirida nos últimos tempos, nestas questões, e ter que estar circunstancialmente no meio da situação, justamente com minha pequena filha.
Subimos ate a praça. A situação estava muito mais seria rumo a Praça Independência e por este motivo voltamos para 18 de julho e Cuareim. Na porta do Ministério de Relações Exteriores, com o cheiro a gases e o vazio da avenida, previ o aumento e a vinda a nosso encontro das ações violentas e rapidamente nos acobertamos no imponente e antigo portal.
Uns grupos de pessoas, manifestantes, vieram desde a praça. Dois homens correndo se desprenderam do grupo, que fugia das Forças de Repressão.
De um prédio vizinho ao Ministério surgiu um homem de terno branco, correndo, passou na nossa frente e foi ao encontro dos manifestantes. Na vera da calçada o individuo de branco paro, tirou das roupas uma arma e atiro contra quem vinha na frente. Por instantes a bala deteve o corpo do atingido que depois caiu. O de branco, tentando fugir, voltou correndo para o lugar de onde veio e encontrou a porta fechada. Ficou desorientado.
Uma grande moto policial surgiu desde a Rua Yi, veio a seu encontro, o homem subiu nela e desapareceu rumo a chefatura da policia.
Nos Diários e Jornais da noite a informação: “...CORONEL DO EXERCITO, SEM JUSTIFICATIVA, MATA TRABALHADOR MUNICIPAL...”
Lille/2009
Um comentário:
Comienzo a leer la história de mi padre, pero también la de mis hermanos, mi madre, los amigos de la família...mi própia história se construye: de dónde vine, como creci, como me construyó el tiempo.
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